segunda-feira, 8 de abril de 2013

Resenha do filme: INTRIGAS DE ESTADO





O filme ‘Intrigas de Estado’ faz uma análise precisa do jornalismo, incluindo o seu objetivo principal: a busca pela verdade antes de qualquer boato. E o principal foco do roteiro durante a maioria das cenas é fazer com que o personagem Paul Mcaffrey, o ‘Cal’, pratique a essência do jornalismo; buscar a verdade. Assim deixando de lado o olhar viciado, sem julgamentos próprios ou conclusões precipitadas, e assim levando a público a história verdadeira. Possibilitando que os leitores julguem a informação sem a prévia manipulação do comunicante.
Outro destaque do personagem ‘Cal’, é que até o último minuto, mesmo com a matéria atrasada, ele ainda averiguou as informações. Não levando a população uma falsa história ou um boato, que poderia prejudicar terceiros, como a empresa de segurança ou pessoas envolvidas com Sonia Baker. Mesmo prejudicando um amigo dele, o deputado Stephen Collins, no qual Cal tinha uma ‘dívida’, que o teria motivado a trabalhar na matéria.


O filme também aponta o envolvimento da vida pessoal com o trabalho. Enquanto Cal queria fazer a matéria para inocentar Collins, a blogueira, Della Frye, quer apontar ao público tudo que conseguir colher de informação sobre o caso. Além disto, a experiência também os difere. Enquanto Cal cuida do que vai colocar no jornal para não apontar um culpado sem ele ser, Della é motivada a ter seu nome publicado na primeira página, usando o espaço para publicar matérias de fofoca que envolve o nome do deputado. Um caso muito ocorrente na mídia do Brasil, com programas como Sônia Abrão, e outros de fofocas à tarde. Além de sites e blogs na internet, como o de Fabíola Reipert do R7.
O jornalismo é uma ferramenta de controle social, e os meios de comunicação têm o poder da informação em suas mãos. Por outro lado, mesmo que quisesse, a imparcialidade não existe em estado puro. Até porque todos têm vícios e crenças. E quando a mídia demanda de interesses que podem fazer a população, pelo menos a maioria, refém de uma fonte de informação tendenciosa e manipulada.



Por isso é interessante comparar o velho jornalismo e o novo jornalismo. O antigo as pessoas eram reféns de três veículos de comunicação: impresso, rádio e TV, que na maioria dos casos eram do mesmo dono. Hoje, porém, a mídia se difundiu, a Internet veio em benefício dos expectadores. Agora qualquer um pode pesquisar outras fontes de informação com maior rapidez. e até mesmo fazer jornalismo com apenas um celular as mãos.
No entanto, o jornalismo de qualidade não é praticado por todos, e nesta onda de qualquer um poder opinar no mundo virtual; o sensacionalismo virou prática comum. A credibilidade de uma fonte é quase raro de encontrar. Para ter o controle social, o público tem que acreditar no jornalista, sem este elo, o controle não existe. Por exemplo, se o jornal ‘A’ deixar de ser referência em pautar as conversas das pessoas e vira apenas mais uma fonte dentre tantas. O jornal ‘B’, que tem credibilidade, vai pautar a sociedade, sendo a notícia verdadeira ou não.



E entre credibilidade e sensacionalismo, um quer colocar o melhor trabalho e vai ter seus méritos, o outro quer aparecer, e vai conseguir, mas vai ser criticado. Entre a experiência e o estágio, Cal ensinou algo a Della, a nunca se afobar e querer dar o furo só para aparecer na capa. Afinal uma matéria bem trabalhada pode ficar na história, já o furo baseado no polêmico, é apenas uma notícia rápida que cai no esquecimento no dia seguinte.
“É um fato real, que não requer interpretações ou opiniões”, diz Cal a editora do jornal Washington D.C. sobre a matéria de Stephen Collins. A mídia tem o poder de construir ou destruir a imagem das pessoas, dependendo o interesse. Entretanto, como ela pode ser usada para o mal, também é usada para o bem, como o caso de cal, que faz basicamente um trabalho policial no caso do parlamentar e presta um grande serviço social a sociedade.


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