O filme ‘Intrigas de Estado’ faz uma análise
precisa do jornalismo, incluindo o seu objetivo principal: a busca pela verdade
antes de qualquer boato. E o principal foco do roteiro durante a maioria das
cenas é fazer com que o personagem Paul Mcaffrey, o ‘Cal’, pratique a essência
do jornalismo; buscar a verdade. Assim deixando de lado o olhar viciado, sem
julgamentos próprios ou conclusões precipitadas, e assim levando a público a história
verdadeira. Possibilitando que os leitores julguem a informação sem a prévia
manipulação do comunicante.
Outro destaque do personagem ‘Cal’, é que até o
último minuto, mesmo com a matéria atrasada, ele ainda averiguou as informações. Não levando a população uma falsa história ou um boato, que poderia
prejudicar terceiros, como a empresa de segurança ou pessoas envolvidas com
Sonia Baker. Mesmo prejudicando um amigo dele, o deputado Stephen Collins, no
qual Cal tinha uma ‘dívida’, que o teria motivado a trabalhar na matéria.
O filme também aponta o envolvimento da vida
pessoal com o trabalho. Enquanto Cal queria fazer a matéria para inocentar
Collins, a blogueira, Della Frye, quer apontar ao público tudo que conseguir
colher de informação sobre o caso. Além disto, a
experiência também os difere. Enquanto Cal cuida do que vai colocar no jornal
para não apontar um culpado sem ele ser, Della é motivada a ter seu nome
publicado na primeira página, usando o espaço para publicar matérias de fofoca que
envolve o nome do deputado. Um caso muito ocorrente na mídia do Brasil, com
programas como Sônia Abrão, e outros de fofocas à tarde. Além de sites e blogs
na internet, como o de Fabíola Reipert do R7.
O jornalismo é uma ferramenta de controle social,
e os meios de comunicação têm o poder da informação em suas mãos. Por outro lado, mesmo que quisesse, a
imparcialidade não existe em estado puro. Até porque todos têm vícios e crenças.
E quando a mídia demanda de interesses que podem fazer a população, pelo
menos a maioria, refém de uma fonte de informação tendenciosa e manipulada.
Por isso é interessante comparar o velho
jornalismo e o novo jornalismo. O antigo as pessoas eram reféns de três
veículos de comunicação: impresso, rádio e TV, que na maioria dos casos eram do
mesmo dono. Hoje, porém, a mídia se difundiu, a Internet veio em benefício dos
expectadores. Agora qualquer um pode pesquisar outras fontes de informação com maior rapidez. e até
mesmo fazer jornalismo com apenas um celular as mãos.
No entanto, o jornalismo de qualidade não é
praticado por todos, e nesta onda de qualquer um poder opinar no mundo virtual; o sensacionalismo virou prática comum. A credibilidade de uma fonte é quase
raro de encontrar. Para ter o controle social, o público tem que acreditar no
jornalista, sem este elo, o controle não existe. Por exemplo, se o jornal ‘A’ deixar de ser referência em pautar as conversas das pessoas e vira apenas mais uma
fonte dentre tantas. O jornal ‘B’, que tem credibilidade, vai pautar a
sociedade, sendo a notícia verdadeira ou não.
E entre credibilidade e sensacionalismo, um quer
colocar o melhor trabalho e vai ter seus méritos, o outro quer aparecer, e vai
conseguir, mas vai ser criticado. Entre a experiência e o estágio, Cal ensinou
algo a Della, a nunca se afobar e querer dar o furo só para aparecer na capa.
Afinal uma matéria bem trabalhada pode ficar na história, já o furo baseado no
polêmico, é apenas uma notícia rápida que cai no esquecimento no dia seguinte.
“É um fato real, que não requer interpretações ou
opiniões”, diz Cal a editora do jornal Washington D.C. sobre a matéria de
Stephen Collins. A mídia tem o poder de construir ou destruir a imagem das
pessoas, dependendo o interesse. Entretanto, como ela pode ser usada para o
mal, também é usada para o bem, como o caso de cal, que faz basicamente um
trabalho policial no caso do parlamentar e presta um grande serviço social a sociedade.
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